Zangu Nilopolitano celebra mês da Consciência Negra
Ação contou com exposições, culinária típica de Angola e batuque de Jongo
A manhã desta quarta-feira (17/11) foi animada na Praça dos Estudantes, com a celebração do mês da Consciência Negra. A Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos, por intermédio da Superintendência de Promoção de Igualdade Racial, promoveu o Zangu Nilopolitano.
O evento contou com exposição de livros e revistas sobre a verdadeira história da matriz negra, além dos pratos e craquelê em garrafas, trabalho feito por jovens nilopolitanos que buscam gerar renda. Quem parou para prestigiar a ação pôde degustar pratos típicos da culinária angolana, a feijoada e moamba de galinha.
“Zangu é a casa dos povos. Nilópolis optou por resgatar todos os segmentos que temos no município, pessoas que não são vistas. A cidade tem muito a oferecer. É a igualdade dos povos”, disse o pós-graduado em História Africana, Sérgio Rodrigues da Silva, mais conhecido como Mestre Montana, atuante na cultura há 40 anos.
O batuque de Jongo não deixou ninguém parado. A manifestação é uma forma de expressão afro-brasileira que integra percussão de tambores, dança coletiva e elementos de espiritualidade.
Marlon Santos, conhecido como Marlon Capoeira, é presidente do grupo cultural Omo Ketu, que há cinco anos realiza o trabalho cultural em Nilópolis por meio da música Afoxé, que eles apresentaram no Zangu. “A gente busca, com esse tipo de música, trazer a mensagem, a valorização, o resgate da identidade dos povos de matrizes africanas.“
“A data é simbólica, mas, acima de tudo, é para mostrar e falar sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito durante nossa história com os aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. Hoje, espero que essa data sirva de marco para novos recomeços e novos pensamentos em relação aos negros no Brasil“, salientou o secretário de Cidadania e Direitos Humanos, Renato da Van.