Nilópolis convida o CREA para elaborar laudo conjunto sobre prédio que desabou
Equipes de várias secretarias estão trabalhando no terreno em Olinda
A Prefeitura de Nilópolis oficiou na terça-feira, 26 de outubro, o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) para que o Conselho indique uma equipe técnica que, em conjunto com engenheiros municipais, elabore um laudo a respeito das causas do desabamento do edifício na Rua Coronel José Muniz, 808, em Olinda, ocorrido na madrugada do último domingo.
“ Solicitamos que a autarquia colabore com os técnicos da Prefeitura para a análise dos fatos que levaram ao colapso e desabamento daquele imóvel”, afirmou o secretário municipal de Obras e Urbanismo Flávio Vergueiro, acrescentando que a prefeitura desconhece as irregularidades apontadas pelo Conselho, quanto à construção de um telhado no terraço do prédio.
Segundo ele, o CREA passa a ser responsável pela construção a partir do momento que libera todo o acervo técnico para a construção do prédio. “ Quem recebeu essa notificação sobre irregularidades? ”, questionou Vergueiro.
Até esta quinta-feira, 28 de outubro, cerca de 59 toneladas de entulho formado por concreto e ferro foram retiradas do terreno do prédio que desabou. Na terça-feira, o subsecretário de Serviços Públicos (Semserp) Eduardo Rocha acompanhou uma equipe que, com três retroescavadeiras, retirou apenas na manhã do dia 26, 20 toneladas de entulho.
Oito carros soterrados começaram a ser retirados e, como alguns possuíam kit gás, um grupo de bombeiros ficou a postos para ajudar na remoção do equipamento. Também participaram da ação servidores da Defesa Civil, da Secretaria de Obras, da Guarda Municipal e da varrição.
Nircéia Souza, 62 anos, Giovana Amorim, 19 anos, e Jorge Brandão, 54 anos, vítimas do desabamento, foram socorridos no Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse, na manhã de domingo. Após o atendimento pela equipe médica da emergência, fizeram exames, passaram por avaliações e receberam alta. Todos já estão em casa de parentes e, por este motivo, descartaram a oferta da Prefeitura de um aluguel social de R$400.
A família de Gustavo Loureiro Amorim, 26 anos, informou à diretora do Setor de Proteção Social Básica da Secretaria de Desenvolvimento Social que não necessitaria da isenção da taxa de sepultamento do corpo do rapaz, que foi sepultado no Cemitério de Ricardo de Albuquerque. Ele trabalhava numa empresa que tem plano funeral.
Uma equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social ofereceu ajuda às famílias para isenção de retirada da segunda via dos documentos perdidos após o acidente. Eles também receberam uma cesta básica emergencial e serão acompanhados pela Secretaria de Desenvolvimento Social.