Alunos do projeto “Gerar” participam de palestra com Marcelo Marão, animador nilopolitano internacionalmente premiado

Na segunda-feira (21), pela manhã, os alunos da Rede Municipal, do projeto “Gerar”, participaram de uma palestra com desenhista e animador Marcelo Marão, na Praça dos Meninos.


Foram exibidos alguns curtas para ilustrar o trabalho do palestrante. Marcelo conversou com os alunos sobre a história da animação no Brasil, que tem aproximadamente 100 anos e também um pouco de sua experiência pessoal de ser nilopolitano e trabalhar como animador e desenhista.

Marcelo Marão palestrando para alunos da rede municipal de Nilópolis. Foto: Roberta Nobre / Comunicação

Marcelo tem 41 anos nasceu em Nilópolis, e já produziu dez curtas. Seu primeiro curta metragem, Cebolas São Azuis foi realizado em 1996 como parte do projeto de graduação e contou com o apoio financeiro de seu pai. Quatro anos mais tarde ele produziu o curta Chifre de Camaleão, que foi exibido durante a palestra e venceu a competição brasileira do Festival AnimaMundi de 2000 e conseguiu a segunda colocação na competição internacional. Com animações feitas à lápis e em preto e branco o curta de sete minutos de duração retrata fatos “bizarros” da vida dos camaleões.

Uma de suas animações preferidas foi a série Engolhervilha, feita em parceria com colegas animadores. Com quatro edições desde a versão trata-se de um corte e colagem de pequenas animações de 30 segundos a um minuto. Outro trabalho importante é o curta Eu Queria Ser um Monstro, de temática infantil e usando a técnica de stop-motion, que venceu o AnimaMundi de 2010.

Marcelo Marão tem um estúdio de animação em Copacabana, no Rio, a Marão Filmes, o animador prepara o roteiro do seu primeiro longa, com o título provisório de Bizarros Peixes das Fossas Abissais.

“Acho fundamental existir esse tipo de conversa, como tivemos hoje. Eu, por exemplo, não tive contato com animadores ou quem fosse daqui próximo a mim quando era jovem e, talvez se tivesse tido essa oportunidade tudo teria sido mais fácil e rápido. Também com jovens que estão na fase de escolher o que vão fazer de profissão. Acho super louvável quando alguém faz esse tipo de trabalho e continua morando na sua cidade, no interior, no seu estado e não precisa mudar para outro país, como acontecia na maioria das vezes”.

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