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Nilópolis em 1916

Em 1916, formou-se uma agremiação chamada “Bloco Progresso de Nilópolis”. Dai em diante tudo foi caminhando a todo vapor. Os grandes homens do “Bloco”, encabeçados pelo Coronel Júlio de Abreu, com a ajuda dos amigos políticos importantes do Rio de Janeiro e São Paulo, e tendo como presidente de honra Nilo Peçanha, trouxeram o serviço de abastecimento de água potável, igrejas, comércio, imprensa, pontes, ligando o lugarejo as terras de Anchieta; a primeira escola municipal e estadual e até um recenseamento que registrou nas terras o número de habitantes (5.183) e residências (1.352).

Em 1921, já quase não se encontrava qualquer vestígio da velha Fazenda São Matheus, e o lugarejo Engenheiro Neiva já tomava formas de cidade. Então, através de um memorial do povo ao, então, Ministro da Viação, Pires do Rio, a partir de 01 de Janeiro de 1921, numa festividade inesquecível é mudado o nome para Nilópolis; uma homenagem do povo ao Presidente Nilo Peçanha, que muitos benefícios trouxe para as terras e que governou o Brasil de 1909 à 1910. Por trás disso existe uma coincidência histórica: criador do Serviço Nacional de Proteção ao Índio, órgão que originou a Funai, Nilo Peçanha beneficiou uma cidade inicialmente habitada por índios Jacutingas.

Um mês após o 7º Distrito de Nova Iguaçu receber o novo nome o fundador da cidade João Alves Mirandela, então com mais de 80 anos falece, após ver o seu sonho realizado. Da década de 20 até o final da década de 40, o progresso avança. Cria-se uma banda de música para alegrar as festividades. Sob a batuta do maestro Djalma do Carmo, a banda Lira Fluminense vai marcando com sucesso cada grande realização.

E as coisas continuam surgindo: uma linha de ônibus, ligando Nilópolis à São Matheus (em São João de Meriti), em 31 de Março de 1932 surge o primeiro Colégio Particular, Cemitério de Olinda, Estação de Trem de Olinda, Agência dos Correios, dentre outras. Em 1936 instala-se a primeira agência bancária, o Banco Lavoura. De autoria do escritor e jornalista Ernesto Cardoso, o primeiro livro é editado na nova cidade, contanto a história da vida de Nilópolis desde o seu início até o ano de sua publicação (1938). No início da década de 40, funda-se o Sindicato do Comércio Varejista de Nilópolis e o Esporte Clube Nova Cidade.