Aberta a exposição fotográfica “O Rio que se queria negar” no Parque do Gericinó

Foi aberta nesta quarta-feira (09), no Parque Municipal Natural do Gericinó, a exposição “O Rio que se queria negar: as favelas do Rio de Janeiro no acervo de Anthony Leeds”. Realizada pela Prefeitura de Nilópolis, por meio da Secretaria de Turismo, através de parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a mostra revela ao público parte do acervo fotográfico do antropólogo norte-americano Anthony Leeds, cedido por sua viúva, a cientista política Elizabeth Leeds, à Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) em 2014.

O evento contou com a presença dos secretários de Esportes e Lazer, Jorge Scalise e de Meio Ambiente, Flávio Vergueiro; dos subsecretários de Trabalho, Emprego e Desenvolvimento Econômico, Josué Júnior e de Turismo, Edson Costa da Silva, além dos alunos da Escola Municipal Paul Harris e das representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Maria Ines Fernandes Pimentel e Ana Luce Girão Soares de Lima, sendo esta última a curadora da exposição.

A Exposição

As imagens exploram a estrutura das favelas cariocas e suas dinâmicas internas sob o olhar do antropólogo na década de 1960, período em que morou no Tuiuti e Jacarezinho.

Entre as fotos que integram a mostra, estão registros raros de favelas já removidas, como a Macedo Sobrinho, antes localizada no Humaitá, na Zona Sul do Rio. Parte dessas populações foram transferidas para os recém-construídos parques proletários, também registrados por Leeds.

As lentes do antropólogo testemunharam ainda o cotidiano de favelas já tradicionais na época, como a Rocinha e a Providência, entre outras: os mutirões, o carteado entre amigos, as técnicas de construção, os estabelecimentos comerciais locais, como biroscas, armarinhos e barbearias, além dos espaços comunitários, como campos de futebol e quadras de escolas de samba.

Integrante da programação comemorativa aos 30 anos da COC, a exposição é dividida em duas áreas. No Parque da Ciência, estão expostos painéis com grandes ampliações das fotos de Leeds. Na sala de exposições, é possível conferir manuscritos do antropólogo, além de imagens feitas por Anthony e Elizabeth Leeds, durante suas observações de campo. Fazendo a ligação entre as duas áreas, há totens reproduzindo, em tamanho real, fotografias de mulheres com latas d’água na cabeça.

A exposição O Rio que se queria negar: as favelas do Rio de Janeiro no acervo de Anthony Leeds foi montada pela primeira vez em 2015 no Museu da República, no Rio, com patrocínio da Nortec Química, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Tem como parceiros a Fotosfera Rio e a Disarme Gráfico.

A Exposição “O Rio que se queria negar: as favelas do Rio de Janeiro no acervo de Anthony Leeds”, pode ser visitada diariamente até o dia 09 de julho, das 6h às 18h, no Parque Municipal Natural do Gericinó, que fica na Rua Antônio João de Mendonça, s/nº, Manoel Reis. A entrada é gratuita. Escolas que quiserem fazer passeios com seus alunos, podem estar agendando dia e horário através dos telefones 2791-2777 (Mônica ou Rafaelle) ou 97509-0530 (Ana Paula).

Serviço:

Exposição “O Rio que se queria negar: as favelas do Rio de Janeiro no acervo de Anthony Leeds”

Período: 09 de maio a 09 de julho de 2018

Horário: diariamente, das 6h às 18h
Local: Parque Municipal Natural do Gericinó

Endereço: Rua Antônio João de Mendonça, s/nº, Manoel Reis

Entrada gratuita

Como chegar:

Transporte Público: Os ônibus da empresa Nilopolitana, que fazem a linha 002 (Manoel Reis x Rodoviária) fazem ponto final há poucos metros da entrada do parque.
De carro: A partir do Centro de Nilópolis, pegar a Rua Alberto Teixeira da Cunha até o seu final. O estacionamento é gratuito e limitado a ocupação das vagas.

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